Bolsa de Suínos
DataDiferidoTributado
18/04/20246,400,00
11/04/20246,800,00
04/04/20247,000,00
28/03/20246,600,00
Notícias
16/04/2024 •  Dados de mercado de Suínos
15/04/2024 •  Áustria aprovada para exportar subprodutos de carne suína para a China
11/04/2024 •  Acompanhe o resultado da BSim
10/04/2024 •  Embarques de carne suína totalizam 91,9 mil toneladas em março
Eventos
14/05/2024 •  Sinsui 2024
06/06/2024 •  6ª FAVESU
26/06/2024 •  333 Experience Congress
02/07/2024 •  Suinfair 2024
Galerias
01/08/2022 •  Confira as fotos da Suinfair 2022
31/01/2020 •  Confira as fotos da 10ª Suinfest - 2018
07/07/2016 •  Fotos: 9ª Suinfest, dia 07/7
06/07/2016 •  Fotos: 9ª Suinfest, dia 06/7
Notícias

Do pontapé inicial à modernidade: conheça uma das primeiras granjas do Vale do Piranga




 

Em meio ao mar de montanhas moldadas pelo tempo, cortadas pelo sinuoso rio de cor turva que dá nome ao Vale do Piranga, encima-se a pequena cidade de Santa Cruz do Escalvado, a pouco mais de 30 km de Ponte Nova/MG. É lá, em seus arredores, o nosso destino: a Fazenda das Laranjeiras, uma das suinoculturas mais antigas da região.

 

O sol coberto por nuvens carregadas, o cheiro da terra molhada, indicara uma pancada de chuva recente, que ainda assim não impedira o fluxo contínuo de caminhões, em uma estrada de terra que liga a fazenda à rodovia. Veículos – transportando uma variedade de produtos, matéria-prima que abastece e torna possível a produção – dão vida ao caminho; movimento que reflete a rotina energética e dinâmica da granja. Sinônimo de progresso. Ao lado, a natureza exibe sua formosura, embelezando os olhos; ressoando a água que toca a pedra, uma pequena cachoeira ladeada pelo verde de plantas nativas.

 

 

Em poucos minutos de percurso, levantam-se entre os montes as primeiras construções da granja. Estruturas antigas que guardam, em seu interior, o segredo da produção eficiente, a inovação e o que há de mais tecnológico no mercado. O proprietário é o sr. Manoel Lizardo, 82, associado da Assuvap desde a fundação (29 de julho de 1985). Esposo da sra. Maria da Penha e pai de quatro filhos, este suinocultor, cujo regozijo resplandece nos olhos, conta seu pioneirismo, os primeiros passos para a suinocultura tecnificada a qual conhecemos.

 

A história da granja – e da produção de suínos em larga escala na região – começa nos anos 80. Foi em um Fiat 147 que Manoel Lizardo e mais dois companheiros, Tarcísio Araújo e o veterinário Lúcio Salgado, pegaram a estrada em direção ao sul do país atrás de informações sobre a atividade suinícola. Na época, o Banco do Brasil financiou 22 novas granjas na região, sendo, uma das primeiras, a Fazenda das Laranjeiras. Foi quando a criação de porcos passou a ser suinocultura industrial.

 

“Antes de começar com a granja eu tirava leite”, lembra Lizardo. “Eu sempre procurei uma outra atividade, pois o leite gerava menos renda, meus meninos estavam pequenos e eu precisava bancar seus estudos. Fiz esse financiamento para pôr 60 matrizes; acabei colocando 125 de uma vez”, conta o produtor. Segundo ele, a viagem trouxe as tecnologias novas do mercado. “Trouxemos uma evolução técnica. Tive a felicidade de conhecer isso e implantei aqui na região (...) e assim eu comecei com a minha suinocultura”.

 

Hoje, a granja de Lizardo tem números relevantes: 1350 matrizes, 21 a 22 mil animais em ciclo completo e gera emprego para cerca de 60 funcionários, que trabalham em diversas funções na fazenda. Tamanho crescimento tem motivo: a visão empreendedora. “Quem cria porco”, diz Lizardo, “tem uma mania de molhar cimento, então você sempre aumenta. Não sou só eu, são todos”, explica.

 

Processo de expansão que não para. “Até a gestação já está mudando”, continua Lizardo, “já tenho aqui a gestação coletiva. Estamos preparando para entrar nas exigências de bem-estar animal. Com o tempo, mudamos tudo, aproveitamos só as paredes e a cobertura. Baias já mudaram, tamanho, o cocho evoluiu muito, a maternidade também”. Tecnologia, somada a genética, que o faz alcançar o índice de desmamado porca/ano em mais de 30; partos por mês, mais de 270 leitões.

 

Segundo ele, esses projetos de mudança, as ideias de melhorias na produção, saíram em conversas de botequim. “O suinocultor comunica muito, procura conversar sobre os problemas, e nós tínhamos a Climvet, que era um ponto de encontro. Quase todo suinocultor passava por lá. Logo de tarde, depois que a gente fazia o movimento de rua (compra, banco, etc.), a gente seguia para um botequim. Ficávamos ali pondo as fofocas em dia. Ali surgia tudo: as brincadeiras, amizades, os problemas e veio a técnica junto. A ideia de implantar as novidades saiu dessas conversas de botequim”, conta.

 

Lizardo explica que, naquele tempo, a informação era mais difícil, viajava devagar. Com o passar dos anos e a chegada de meios de comunicação mais eficientes, o desenvolvimento da suinocultura deu novos saltos para o futuro. “Hoje eu acho que é muito mais fácil pegar a tecnologia, as novidades. A suinocultura expandiu muito no Brasil, e hoje você tem alcance muito rápido a toda inovação”, conta o produtor, utilizando como exemplo as recentes melhorias na granja: “Conseguimos reforma-la todos os anos. Hoje, está tudo automatizado”.

 

 

O próximo passo, já foi planejado. “A curto prazo, nosso projeto é a climatização”, relata a filha Eliana, que também trabalha na granja. “A cada ano a temperatura está subindo, isso nos preocupa muito. A climatização na reprodução vai fazer muita falta. Estamos estudando isso”, pondera.

 

Assim como a água que corre no leito de um rio, a suinocultura também vive da renovação. Adaptação. Palavra chave para o sucesso e a busca pela produção sustentável. Um dos grandes avanços foi a utilização de dejetos suínos para a fertirrigação. Na Fazenda das Laranjeiras, explica Lizardo, a técnica já é praticada. “Temos tubulação, bomba, biodigestor”, e completa, lembrando-se dos desafios diários da profissão: “A suinocultura é desafio. Todo dia. Eu acho um trabalho muito bonito. É impressionante o que a suinocultura já fez aqui, para beneficiar a região”.

 

Lizardo tem razão.

 

Do botequim à BSim

 

“O começo da bolsa foi no botequim”, lembra Lizardo. “O pessoal ia para discutir com seriedade, não tinha grupo fechado. Falávamos muitas informações de mercado”, diz o produtor, reforçando que a primeira bolsa de suínos surgiu em Ponte Nova.

 

“Hoje, está mais profissional, a informação chega mais rápido (...). Com a bolsa daqui [a Bolsa de Suínos do Interior de Minas], se continuar com um trabalho sério, vai ser parâmetro aqui na região”, diz Lizardo, após fazer um apelo à classe: “O suinocultor tem que colaborar demais com essa bolsa, não é só ir lá não. Tem que participar com informação séria”, completa.

 


23/05/2018 - Comunicação Assuvap

Para sua segurança, altere a sua senha!


Informe a senha antiga, a nova senha e, em seguida, repita a nova senha e clique o botão salvar.


Senha Antiga


Nova Senha


Repita a Nova Senha


   
Label