As exportações de milho do Brasil em 2018 podem totalizar apenas 20 milhões de toneladas, segundo a Louis Dreyfus Company (LDC). Tal número representaria uma queda na comparação com as cerca de 30 milhões de toneladas de 2017, quando o Brasil colheu uma safra recorde.
Contudo, mesmo que exporte os 30 milhões de toneladas, pelos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil terá estoques ao final de 2018 de mais de 10 milhões de toneladas; o país deve registrar uma safra 2017/18 de cerca de 83 milhões de toneladas, aproximadamente 15 milhões de toneladas menor ante o recorde de 2016/17.
Segundo o presidente da Assuvap, Fernando Araújo, a atenção a este mercado é essencial para se alcançar bons resultados nas granjas suinícolas. “Devemos ficar atentos com as novas variáveis que poderão impactar os preços de milho no segundo semestre”, diz, completando: “A importação deste insumo pode auxiliar a segurar o preço do milho, responsável maior pelo custo de produção de nosso produto”.
Frete e importação do cereal
O tabelamento de fretes, instituído pelo governo após os protestos de caminhoneiros, tem sido motivo de críticas por parte do setor produtivo. Para minimizar perdas, a produtora de carnes JBS está importando milho da Argentina para a fabricação de ração no Brasil, em resposta aos custos crescentes com fretes rodoviários que têm elevado os preços da oferta.
Segundo a Agência Reuters, a unidade da JBS no Brasil já havia importado milho no começo deste ano, depois de uma colheita reduzida da primeira safra do país.
Até o fim do mês é prevista a chegada de dois navios carregados com o cereal para abastecer as fábricas da empresa no sul do País. Cada navio comporta 30 mil toneladas, totalizando 60 mil toneladas importadas.
"Essa foi a solução encontrada para fazer chegar os insumos necessários à produção já que o custo logístico no Brasil tem inviabilizado o transporte dentro interno", disse a JBS ao Broadcast Agro.
Fonte: Assuvap, Terra e Agência Reuters