Ministro da Agricultura anunciou a retomada via WhatsApp, dia 31/10
As restrições temporárias impostas pela Rússia ao suíno brasileiro foram revogadas, segundo o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi. A notícia foi bem recebida por suinocultores do Vale do Piranga, uma vez que a retomada das exportações ao mercado russo poderia resultar no escoamento de parte da produção brasileira.
Segundo o coordenador da BSim, Alvimar Jalles, a reabertura impacta diretamente no preço do suíno no Sul do país e isso pode refletir, ainda, em outras regiões produtoras, inclusive em Minas Gerais. Para somar, historicamente, a suinocultura encontra boas condições no final do ano, contribuindo no ajuste do preço interno do produto.
O presidente da Assuvap, Fernando Araújo, classifica a reabertura do mercado russo como a melhor notícia do ano de 2018 para a suinocultura. “A Rússia sempre foi a maior compradora da carne suína brasileira e o seu retorno é um passo importante para melhores preços do nosso produto”, diz.
O embargo russo às carnes brasileiras estava em vigor desde dezembro de 2017 devido à suposta presença da ractopamina na carne, algo que, à época, indústrias da carne brasileira já haviam negado. O uso do produto em rações é permitido pela Organização Mundial da Saúde (OSM), mas não é aceito no gigante da Eurásia.
Segundo a Reuters, em 31 de outubro deste ano, a agência de segurança agrícola da Rússia disse que permitirá a importação de carne bovina e suína de nove fornecedores brasileiros, confirmando a informação divulgada por Maggi via WhatsApp. Pelo Twitter, o presidente Michel Temer agradeceu ao presidente russo, Vladimir Putin, pela decisão de reabrir o mercado.
Dentre os fornecedores liberados, cinco são abatedouros de suínos, localizados no Rio Grande do Sul, e estão totalmente isentos de ractopamina. De acordo com fontes ligadas ao setor, o potencial de venda de carne suína para Rússia seria de nove mil toneladas por mês, representando um acréscimo imediato de até 15% na exportação mensal.